Como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório (e como ele deve ser)
Como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório? A resposta passa pela otimização da cadeia de suprimentos, pela realização de parcerias estratégicas e pela flexibilização do trabalho. Entenda o cenário!
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Cada setor empresarial enfrentou desafios específicos durante a pandemia. Isso permanece com o retorno das atividades. Dessa forma, como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório?
Com particularidades que precisam ser consideradas, esse segmento econômico tem uma posição clara: o retorno não existirá. Pelo menos, não da maneira anterior à pandemia. O que se espera é uma nova forma de trabalhar.
Essa posição é compartilhada pelos gestores de várias empresas. Afinal, várias atividades podem ser realizadas a distância. Ainda assim, surgem perguntas: como ficará a fabricação dos veículos? De que forma as linhas de montagem funcionarão?
Vamos explicar esse cenário e verificar se a cultura do escritório sobreviverá no pós-pandemia.
Cenário da pandemia para a indústria automobilística
Um dos setores mais impactados pela pandemia foi a indústria de automóveis. Logo no começo da crise sanitária, as montadoras fecharam as portas, o que levou a uma queda de 90% das atividades.
Com problemas significativos na indústria, o cenário registrou quedas ao longo de 2020 e 2021. Após a primeira retração, o setor se recuperou e apresentou aumento acumulado de 1.249,2%. Essa alta foi registrada em apenas nove meses.
No entanto, voltou a recuar no começo de 2021. Em fevereiro deste ano, a produção de veículos caiu 7,2%. Em abril, várias fábricas anunciaram a interrupção das suas atividades. Muitos trabalhadores entraram no modelo layoff, regime em que os contratos ficam suspensos.
Essa última situação foi gerada pelo agravamento da pandemia. No entanto, outro fator foi fundamental: a falta de peças no mercado.
Isso levou a Fiat, por exemplo, a diminuir o ritmo de produção no Brasil em março de 2021. O segundo turno da planta de Betim (MG) foi suspenso. Do total de funcionários, 10% receberam férias.
Nesse cenário, surgiram as estratégias de trabalho flexível. Muitos profissionais passaram a atuar em home office. Outros tantos tiveram sua jornada de trabalho reduzida e seu contrato suspenso. Em alguns casos, foram demitidos.
Desafios
O cenário da pandemia foi um verdadeiro obstáculo para o setor. Foi preciso aprender a desenvolver uma cultura forte em times remotos. Além disso, garantir a segurança dos trabalhadores se tornou imprescindível.
Para ter uma ideia dos desafios, basta ver que 59% das empresas do setor automotivo não tinham políticas de trabalho remoto. Apesar das dificuldades, a maioria dos colaboradores preferem continuar na modalidade flexível. A ideia é adotar estratégias de trabalho híbrido, com dias de trabalho presencial e o restante a distância.
As empresas concordam. Do total analisado, 62% querem dividir o tempo de trabalho, adotando o regime flexível. Ainda há 26% das companhias que preferem investir em mais dias de trabalho remoto.
Como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório
Se o cenário é desafiador, é preciso se adaptar, especialmente porque empresas e colaboradores perceberam a relevância de atuar no modelo remoto. No entanto, há atividades no setor automobilístico que precisam ser realizadas presencialmente. Por isso, o novo escritório exige uma dose extra de criatividade.
Junto a esse contexto, estão as disrupções da indústria automobilística. Algumas delas são as fábricas automatizadas, a mobilidade elétrica, os carros sem motorista e o compartilhamento de veículos. Ou seja, o cenário já era de inovação, mas a pandemia trouxe um “tempero” a mais para essa receita.
Muitas dessas mudanças acabaram sendo aceleradas e são positivas. É o caso do crescimento do tráfego online e da cooperação entre os fabricantes de equipamentos e os parceiros. Ao mesmo tempo, há situações que exigem atenção.
A concentração em atividades essenciais é uma delas, quando se deixa de explorar novas áreas. Afinal, a comodidade não inova. Resolve o problema no curto prazo, mas leva a perdas de oportunidade em um período mais longo.
Nesse sentido, torna-se necessário reinventar as operações e a estrutura organizacional. A partir desse cenário, algumas dicas que ajudam a ter sucesso são:
- Foco nos canais digitais: é preciso aproveitar os meios online para atrair e reter clientes. A indústria automotiva relutou em adotar esses canais, o que levou a uma disparidade em relação a outros setores;
- Definição por fontes de receita recorrente: a expectativa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) é a de que os automóveis serão elitizados em muitos lugares, inclusive no Brasil. Isso porque a cadeia produtiva sofreu fortes impactos e há uma tendência voltada para a mobilidade e a sustentabilidade. Por isso, é necessário se reinventar. Adotar modelos de receita recorrente, como a assinatura de automóveis, é uma forma de fazer isso;
- Otimização da implantação de ativos: a prática deve ser implementada a partir de parceiros estratégicos. O desafio é investir em conectividade, tecnologias autônomas e mobilidade compartilhada;
- Flexibilização do trabalho: a pandemia levou ao cenário já apresentado. Com tantas pessoas trabalhando remotamente, é preciso aproveitar as oportunidades para reduzir os custos. Os modelos híbrido e remoto são uma alternativa, já que é possível reduzir a estrutura física;
- Construção de uma cadeia de suprimentos resiliente: para isso, é preciso focar áreas específicas. Alguns exemplos de como chegar a esse patamar são realizar verificações rígidas na saúde do colaborador e na segurança do trabalho, monitorar as interações e avisar sobre possíveis preocupações. É preciso que todos os stakeholders estejam confiantes e alinhados;
- Estabelecimento de uma cadência forte para a tomada de decisão: o processo de tomada de decisão deve ser rápido para estruturar os fluxos de trabalho. Além disso, é preciso ter disciplina e um processo claro de contabilidade para alcançar o sucesso.
A hora de agir dessa forma é agora. Caso contrário, a janela de oportunidades se fechará e levará a um cenário de perda de competitividade.
Case Stellantis
Dentro desse cenário de revolução do trabalho remoto, a Stellantis resolveu mudar e aproveitar os modos como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório. A empresa é global e reúne 20 marcas. Algumas delas são:
- Jeep;
- Fiat;
- Citröen;
- Alfa Romeo;
- Chrysler;
- Dodge;
- Maserati.
Com a chegada da pandemia, os desafios foram inúmeros com a implementação do trabalho remoto. Aos poucos, chegou-se a uma alternativa mais equilibrada: o OfficePass. A solução de assinaturas do Woba trouxe capilaridade de espaço de trabalho e mais mobilidade aos times comerciais.
Além disso, os colaboradores passaram a contar com escritórios próximos de sua casa para fugir de imprevistos e do trânsito. Com a política de trabalho flexível, eles encontram um ambiente mais inspirador no coworking. Sem contar que é uma forma de viabilizar o trabalho e otimizar custos ao mesmo tempo.
Para a Stellantis, é a oportunidade de trabalhar com diferentes tipos de espaço de trabalho. É possível acessar os ambientes compartilhados, mas também reservar salas de reunião e escritórios privativos.
Por isso, um gestor comercial da empresa ressaltou os benefícios: “Um espaço que comporta vários tipos de formatos, seja individual ou em grupo, seja em período integral ou por demanda, com conforto, qualidade, limpeza e higiene. Excelente local. Vou utilizá-lo sempre que possível”, destacou.
Assim, fica claro que existem desafios — como as pessoas que precisam estar presentes em uma linha de montagem —, mas é possível aplicar estratégias criativas. Entender como a indústria automobilística está se adaptando ao novo escritório pode ser um tanto complexo, mas esse passo precisa ser dado.
Sua empresa está se preparando para este novo momento? Conheça o OfficePass do Woba e veja como otimizar suas operações.
Texto escrito por Fabíola Thibes, jornalista e redatora web.