O que é design thinking e como aplicar a metodologia que te ajuda a inovar na resolução de problemas
Design thinking é uma abordagem inovadora que coloca todos os stakeholders no centro da criação de produtos e serviços. Isso exige um trabalho multidisciplinar e focado, capaz de melhorar as experiências dos clientes ou usuários. Entenda como aplicar e de que forma utilizar no trabalho remoto.
Índice de conteúdo
Como você trabalha com a sua equipe no desenvolvimento de um projeto novo? Os processos são tradicionais e engessados, bem ao estilo do chefe dar todas as direções?
Ou os colaboradores podem dar sugestões, indicar melhorias e experimentar? Se a sua resposta for a última opção, talvez você já conheça o design thinking.
Essa é uma abordagem que permite alcançar a inovação no desenvolvimento de produtos e serviços. Para isso, é preciso ajustar todos os processos e a própria equipe para atingir o resultado esperado.
Devido a todas essas características, esse design thinking é bastante utilizado pela geração Z.
No entanto, é aplicável a qualquer faixa etária, desde que seja bem gerenciado. Por isso, pode ser implementado em qualquer tipo de empresa — especialmente, as mais inovadoras e tecnológicas — e regime de trabalho, inclusive o modelo remoto.
Diante desse cenário, é importante entender como a abordagem funciona e o que ela prevê. É o que vamos explicar neste post. Que tal saber mais? Boa leitura!
O que é design thinking?
O design thinking é uma abordagem direcionada para a resolução de problemas de modo colaborativo e coletivo. As pessoas estão no centro do desenvolvimento do produto.
Portanto, o interesse e a expectativa dos stakeholders também são considerados. Ou seja, além do consumidor final, todos os envolvidos na ideia são levados em conta.
Para efetivar essa prática, é necessário aplicar um trabalho multidisciplinar, que combine diferentes experiências culturais e processos.
O propósito é ter uma visão mais completa da situação para identificar barreiras e criar alternativas para solucionar os problemas. Por isso, é necessário partir de demandas reais, em vez de utilizar uma premissa matemática.
Todos esses motivos fazem com que não exista uma fórmula pronta ou mágica para aplicar na abordagem do design thinking. Tudo depende do contexto que está sendo analisado. Assim, é possível buscar o conhecimento e tomar decisões mais acertadas.
Ainda é importante deixar claro que essa abordagem não é válida apenas para o desenvolvimento de produtos, mas também para a prestação de serviços.
O funcionamento é igual. Apenas é preciso reunir os talentos multidisciplinares para encontrar as soluções e agregar valor.
História
Oficialmente, o design thinking foi criado por David Kelley e Tim Brown, da consultoria em inovação IDEO. Nos anos 1990, eles começaram a resolver os problemas com uma visão holística por meio da criatividade, da curiosidade e do aprendizado.
Assim, essa abordagem passou a ser aplicada na busca por soluções inovadoras. O objetivo foi quebrar paradigmas por meio de uma estrutura clara e funcional.
Apesar disso, suas raízes são bem anteriores. Afinal, todas as etapas criadas são derivadas do próprio design.
Os processos do Design Thinking
Para desenvolver o Design Thinking, na prática, é necessário seguir os seguintes processos: imersão, ideação, prototipação e implementação. A seguir, falaremos brevemente sobre cada uma delas!
Imersão
A primeira etapa da metodologia do Design Thinking é a imersão, momento em que é necessário pesquisar, investigar e analisar tudo que envolve as experiências dos usuários nas empresas. Ferramentas como a análise SWOT, o benchmarking e o feedback do público são úteis para a realização desse diagnóstico inicial.
Ideação
Com base no levantamento realizado na imersão, na etapa de ideação são identificados pontos que podem ser melhorados nos processos ou nos produtos que estão sendo analisados. Práticas como o brainstorming e o uso de mapas mentais podem ser usados para conduzir essa atividade e para fazer com que novas ideias surjam.
Prototipação
Com as ideias em mãos, é necessário construir protótipos, ou seja, realizar testes para saber quais ações têm mais chances de darem certo. Nesse momento, é importante contar com o suporte do usuário final. Se você estiver lançando um novo produto, por exemplo, pode sugerir a um possível cliente que faça um teste de usabilidade e que registre as suas impressões.
Implementação
Finalmente, temos a etapa da implementação. Trata-se do momento em que a solução é lançada para o público. No caso de produtos e de serviços, estratégias de comunicação e de marketing devem ser traçadas a fim de impulsionar as novidades no mercado.
Para que serve essa abordagem?
O grande objetivo do design thinking é solucionar problemas difíceis. Assim, é possível gerar valor para o público-alvo da sua empresa, a fim de causar um impacto positivo.
Para a companhia, é uma forma de melhorar a rentabilidade. Isso porque o capital intelectual será otimizado e o processo de criação será acelerado.
Ainda há outros benefícios de aplicar essa abordagem. Veja quais são as principais:
- Diminuição dos riscos, porque as necessidades dos clientes são identificadas e testadas. Isso também leva à maior eficiência nas diferentes etapas aplicadas;
- Inovação, com integração de stakeholders envolvidos no negócio e consequente geração de vantagem competitiva. Assim, sua empresa se destaca perante a concorrência, alcança uma fatia de mercado mais significativa e pode potencializar lucros;
- Comunicação devido à troca de informações entre os profissionais. Isso leva à construção de alternativas e abertura ao erro, porque os colaboradores são incentivados a contribuir, falar e ouvir;
- Melhoria do ambiente organizacional: foco na empatia, na experimentação e na colaboração. As emoções ajudam o processo criativo. Por isso, é importante ter habilidades sociais, focar o autoconhecimento e ter inteligência emocional;
- Satisfação e fidelização de clientes, já que eles são uma das partes importantes do processo criativo;
- Visão sistêmica, pois a abordagem é humanizada e atenta aos resultados. Para isso, o profissional precisa ter uma visão macro e micro de todos os processos para encontrar a melhor saída e alcançar os propósitos esperados;
- Adaptabilidade, porque as mudanças precisam ser bem aceitas no design thinking. Portanto, qualquer resistência deve ser combatida todos os dias. Isso exige que os profissionais sejam adaptáveis, flexíveis e nunca percam seu senso crítico. Dessa forma, o real valor das ideias pode ser identificado e testado;
- Engajamento, porque as práticas dessa abordagem estimulam o potencial e a liberdade dos profissionais. Assim, eles têm a percepção de que estão incluídos em um projeto realmente relevante.
Em resumo, o design thinking ajuda a alcançar a excelência em todos os processos. Sem contar que os profissionais se sentem valorizados e mantêm uma boa produtividade, qualquer que seja o modelo de trabalho adotado. Dessa forma, até mesmo o trabalho remoto pode ser beneficiado com essa abordagem.
Quais são os pilares do design thinking?
Aplicar essa abordagem na sua empresa pode ser desafiador. Isso porque é preciso considerar os perfis diferentes dos envolvidos para criar soluções inovadoras. Nesse momento, ainda é importante sair de alguns fatores inerentes aos humanos, como:
- Insegurança;
- Comodismo;
- Inveja;
- Necessidade de reconhecimento;
- Manutenção do status quo.
Para ultrapassar esses desafios, é necessário aplicar alguns pilares do design thinking. No total, são 3. Veja quais são eles.
Empatia
Consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro. Para isso, é preciso deixar os pré-julgamentos e as convicções pessoais. Assim, você consegue entender melhor as experiências dos clientes e compreender o que eles precisam. Dessa forma, são criadas soluções que agregam valor.
Colaboração
Um fato pode gerar várias interpretações e impressões. Ao contar com profissionais multidisciplinares, a aplicação do design thinking é enriquecida. Isso porque várias perspectivas são consideradas na discussão. Tudo isso leva à construção de ideias mais consolidadas, que ajudarão a criar uma alternativa de solução.
Experimentação
Mesmo que você crie o que aparenta ser a melhor solução, o consumidor pode recusar. Por isso, a experimentação é fundamental. O objetivo é verificar o que deu errado logo para evitar riscos e custos mais elevados. Dessa forma, é possível fazer os ajustes necessários com o máximo de otimização de recursos.
Como aplicar o design thinking?
Para colocar essa abordagem em prática, é necessário contar com 3 principais fatores:
- Objetivo a ser perseguido;
- Pluralidade na interpretação de informação;
- Profissionais que se complementam para sugerir e criar soluções.
A partir disso, o líder deve cuidar para que o ambiente seja colaborativo, aberto a sugestões, tolerante e até incentivador de erros. Isso porque as falhas facilitam o bom entendimento dos processos e permitem ajustar as atividades às demandas atuais. Assim, a entrega para o cliente é melhorada e existe uma fonte de aprendizado constante.
Nesse cenário, é necessário considerar alguns aspectos antes de aplicar o design thinking na sua equipe e/ou na sua empresa. Veja quais são eles.
Etapas
Assim como o design de serviços, o objetivo do design thinking é aperfeiçoar a experiência dos clientes. A diferença é que a segunda abordagem busca fazer isso por meio da inovação.
Por isso, é necessário aplicar 7 etapas bem estruturadas para alcançar o melhor resultado possível. Confira quais são elas.
1. Entendimento
Esse é o começo da imersão. A equipe começa a se organizar e define como o trabalho será desenvolvido nos próximos dias. Nesse processo, são delimitados o cronograma, as regras de convivência e outros detalhes importantes.
Por exemplo, os profissionais que atuam no regime remoto participarão da iniciativa? O design de escritório vai ser modificado para favorecer a criatividade ou a equipe poderá se encontrar em escritórios privativos no coworking para estimular a inovação?
Esses parâmetros devem ser pensados agora para que, a partir disso, seja possível levantar os diferentes dados disponíveis sobre o problema a ser solucionado, o perfil e o contexto. Lembre-se de se aprofundar o máximo possível para aumentar a chance de empatia.
2. Observação
Aqui, o propósito é se inserir no contexto do produto e das pessoas que o utilizarão para entender os detalhes e encontrar a melhor solução.
Identifique os possíveis problemas e veja quais atributos são necessários. Perceba que essa é a segunda etapa da imersão. Por isso, é necessário atentar às pessoas, fazer entrevistas e entender:
- Seu estilo de vida;
- Seus aspectos culturais, emocionais, econômicos e sociais.
3. Ponto de vista
Na última etapa da imersão, cada integrante da equipe compartilha o que vivenciou com os potenciais clientes. Essa é a fase de compartilhar problemas e informações relevantes para a construção da solução. Esse é o momento para que um aprenda com o outro e mais informações sejam adicionadas ao processo.
4. Ideação
É o momento em que o produto começa a ser viabilizado. É preciso aplicar a criatividade e a humanização para que as ideias sejam colocadas em prática. Para isso, todos devem ter liberdade para expor suas opiniões e compartilhar experiências. Portanto, acabe com qualquer tentativa de distrações, deboches, inibição ou estrelismos.
5. Prototipagem
Nesse momento, o produto começa a ser construído. O projeto começa a ter vida a partir da escolha de atributos e da melhor solução. Com esses aspectos definidos, crie uma versão que fique próxima da realidade. Antes disso, é preciso delimitar os objetivos e as perguntas que devem ser respondidas.
Por exemplo, imagine que o propósito é ter um escritório inteligente. Esse é o momento de delimitar os recursos que ficarão disponíveis, como acesso exclusivo aos colaboradores, portaria remoto, monitoramento a distância, sensores de movimento e fumaça, geração de energia por meio de painéis solares etc. Assim, é possível determinar o que deve ser feito para efetivar esse projeto.
6. Teste
Essa é a etapa em que o produto é experimentado. Ao mesmo tempo, você recebe feedbacks que ajudarão a fazer ajustes e melhorar a experiência do cliente. Nesse momento, será possível perceber que alguns pontos, aparentemente imutáveis, precisarão ser corrigidos. Da mesma forma, outros aspectos deverão ser melhorados.
Para surtir o efeito esperado, a etapa de teste deve ter a abertura total dos integrantes da equipe. Afinal, eles devem aceitar o feedback. Além disso, precisam ter atenção a qualquer indicação de satisfação ou incômodo para fazer ajustes e otimizar o produto. Dessa forma, também será possível enxergar oportunidades.
Por exemplo, pode ser que uma das tendências de design aponte para um local de trabalho mais criativo para incentivar a inovação. Se você criar um coworking, vale a pena testar se as pessoas sentirão o efeito esperado com o layout criado. A ideia do design thinking seria basicamente essa, mas em um contexto diferente.
7. Iteração
Dentro da abordagem do design thinking, a iteração significa absorver os feedbacks e, mais do que isso, aprofundar-se nas diferentes questões. Assim, é possível entender o retorno obtido e fazer as modificações necessárias.
Tenha em mente que esse processo é composto de várias etapas. Elas são:
- Ouvir e aprofundar as questões para entender os pontos de vista;
- Processar as informações coletadas. Aqui, é necessário definir o que permanece, o que é deixado de lado, o que pode ser aperfeiçoado e o que deve ser integrado à solução.
Observe que nenhuma das etapas do design thinking é engessada. Além disso, elas podem ser repetidas, dependendo dos resultados do teste e da iteração. O objetivo é garantir que a solução esteja alinhada às necessidades dos clientes.
Ferramentas
Ainda existem ferramentas que ajudam a desenvolver todas as etapas citadas acima. Veja quais são as principais e por que elas devem ser adotadas.
Mapa de empatia
Busca responder 6 perguntas que ajudam a entender o contexto da situação analisada. Por isso, é aplicada na etapa de imersão. Os questionamentos são:
- O que o outro pensa e sente?
- O que escuta?
- O que vê?
- O que fala e faz?
- Quais são seus desejos?
- Quais são suas dores?
Brainstorming
Consiste na prática de todos falarem ideias sem julgamento e de modo totalmente colaborativo. O foco deve ser total na solução do problema. Para isso, é importante seguir algumas dicas:
- Todos devem respeitar as contribuições do colega e o momento de cada um falar;
- Nunca se deve ter limite de ideias, porque quanto mais, melhor;
- As ideias compartilhadas devem gerar insights;
- Mesmo as sugestões aparentemente sem sentido devem ser incentivadas, porque podem levar a boas soluções;
- Evite se desviar do objetivo. Portanto, mantenha o foco;
- Nunca julgue ou desmotive os colegas de trabalho.
MVP: Minimum Viable Product
O Minimum Viable Product é usado já nas últimas etapas. Ele pode ser desenvolvido de várias maneiras.
Por exemplo, pela criação de vídeos, formulários, projetos físicos, storyboards, apps de sobreposição de imagem e mais. Tudo depende do que você está criando.
De toda forma, o propósito é fazer algo que esteja o mais próximo possível da realidade e seja de baixo custo e complexidade. Afinal, o objetivo é analisar a ideia.
Como o design thinking ajuda nos negócios?
O grande propósito dessa abordagem é encontrar soluções e melhorar a eficiência dos processos a partir da visão centrada no consumidor final. Assim, ele contribui com o aumento das vendas, fidelização de clientes e aspectos financeiros.
Para entender como o design thinking auxilia nos diferentes setores organizacionais, veja alguns exemplos:
- Vendas: a equipe pode encontrar novas ideias a partir da capacidade de enxergarem as situações a partir da perspectiva do cliente. Assim, estratégias de persuasão podem ser criadas;
- Marketing: as análises de dados e preditiva permitem identificar os padrões de comportamento do consumidor e ter mais eficiência na geração de leads. Isso porque os produtos serão criados com um objetivo específico;
- Desenvolvimento de produtos: os itens serão mais adequados à realidade e já vão considerar as possíveis demandas futuras.
Portanto, os benefícios são extensos. Para alcançar esse patamar, é necessário ter funcionários capacitados e que estejam engajados. Assim, eles são capazes de aplicar a abordagem dentro da realidade em que estão inseridos.
Design thinking no trabalho remoto: é possível aplicar?
Por mais que pareça estranho, a princípio, pensar em design thinking remoto, essa é uma possibilidade bastante viável. Inclusive, porque essa abordagem vai muito além de workshops, post-its e encontros presenciais.
Em muitos casos, o trabalho remoto até ajuda a aplicação do design thinking. Isso porque ele facilita a realização de pesquisas com clientes, usuários, colaboradores e fornecedores. Sem contar que as sessões de cocriação e prototipação se tornam mais eficientes.
Por quê? A resposta passa pela diversificação de experiências dos colaboradores. Um profissional que está no Sul do País tem uma vivência diferente de outro que está no Norte. Quem está no Nordeste tem uma bagagem cultural diversa desses outros dois e por aí vai.
Tudo isso ajuda a entender os potenciais clientes, a ter novas ideias no brainstorming e desenvolver novas possibilidades. Basta aplicar algumas boas práticas diárias para alcançar os melhores resultados. Elas são:
- Manutenção dos rituais e adaptação do que for necessário: tenha uma pauta diária compartilhada com todos e atos específicos para alinhamento no começo e no fim de cada reunião. Além disso, adote alguma dinâmica para fazer a transição em momentos-chave;
- Escolha ferramentas para colaboração: usar o Slack e outras ferramentas são fundamentais para que todos os colaboradores estejam alinhados a um propósito específico. Nesse processo, também é importante adotar a comunicação assíncrona para evitar retrabalhos e perda de tempo.
Com esses cuidados, você consegue aplicar o design thinking para resolver os seus problemas. Além disso, pode contar com a ajuda do coworking para reunir as equipes e ainda incentivar a criação pelo design dos escritórios compartilhados.
Agora, mostramos 4 exemplos de empresas que adotaram o Design Thinking. Confira!
Veja 4 exemplos de empresas que adotaram o Design Thinking
Agora que você já conhece mais sobre a metodologia, está na hora de conhecer alguns cases de empresas que conquistaram o sucesso aplicando o Design Thinking. Vamos lá?
1. Oral B
A Oral B é uma empresa conhecida mundialmente pela comercialização de produtos odontológicos, como escovas de dente, cremes dentais, dentre outros itens relacionados.
Para lançar um novo modelo de escova de dentes elétrica no mercado, a Oral B contratou Kim Colin e Sam Hecht, dois renomados designers, que aplicam a metodologia do Design Thinking em seus projetos.
Ao analisarem o comportamento dos consumidores da marca, os designers concluíram que eles não queriam novas funcionalidades, mas sim melhorar a experiência de uso do produto.
Para isso, a dupla recomendou tornar a escova de dente mais fácil de carregar na bolsa ou na mochila. Outra ação recomendada foi a possibilidade de conectar o objeto aos smartphones dos usuários com o objetivo de que eles recebessem notificações no horário indicado para escovar os dentes.
Ambas as propostas foram atendidas, e a Oral B conquistou muito sucesso em seu novo produto.
2. Netflix
A Netflix é a maior empresa de streaming do mundo e conquistou isso graças ao Design Thinking. Isso mesmo! A plataforma só lançou o formato que quebrou paradigmas no mundo do entretenimento ao analisar as necessidades dos consumidores de conteúdo.
O serviço começou como uma locadora de DVDs, que entregava os discos diretamente na casa dos usuários. Porém, conforme percebeu que poderia explorar muito mais o seu negócio se eliminasse a mídia física do processo, lançou uma plataforma de streaming.
Hoje, a Netflix não apenas distribui, como também produz seus próprios filmes, suas séries e seus programas.
Embora outras plataformas de streaming tenham surgido e “roubado” parte do público, no quesito usabilidade, a Netflix segue imbatível.
3. Airbnb
Em 2008, os empreendedores Brian Chesky, Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk perceberam que os preços dos hotéis e de outros estabelecimentos de hospedagem eram muito altos para os viajantes.
Eles perceberam que esse público estava disposto a abrir mão dos serviços disponibilizados em um hotel, como o café da manhã, se pagassem um valor menor pela hospedagem.
Colocando o Design Thinking em prática, os empreendedores criaram o Airbnb, plataforma que permite que proprietários de acomodações aluguem os seus espaços aos usuários interessados, cobrando um valor fixo por diária.
4. Woba
De olho nas tendências que o mercado empresarial apresentava e a partir do surgimento do anywhere office, formato de trabalho em que as atividades podem ser feitas em qualquer espaço, os irmãos Pedro e Roberta Vasconcellos e o amigo Eric Santos fundaram, em 2015, o Woba.
Atualmente, a plataforma de coworkings conta com mais de 1000 escritórios compartilhados parceiros em 160 cidades brasileiras, assim como em países como Portugal e Hungria.
Por meio de uma ideia obtida ao identificar uma necessidade do mercado, o Woba passou a conectar pessoas e empresas de todos os perfis e tamanhos aos mais diversos espaços de trabalho.
O Design Thinking, na prática, é uma metodologia muito inovadora e que faz toda a diferença nos negócios. Por isso, compreendê-la é relevante, inclusive para o futuro do trabalho.
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Texto de Lucas Flores, Relações Públicas e Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Revisado por Gabriele Lisboa, revisora textual freelancer.