Futuro dos Escritórios: o que considerar sobre as mudanças
Nos últimos meses muita coisa mudou. E agora é o momento de considerar quais dessas mudanças levaremos para frente — e como isso será feito. Novos hábitos, padrões de consumo e de trabalho influenciarão diretamente o dia a dia das empresas. Com isso, os gestores começam a pensar em como será, também, o futuro dos escritórios.
Índice de conteúdo
O design futuro do local de trabalho será muito diferente do de hoje. Será preciso levar em consideração medidas de limpeza e distanciamento para garantir a segurança dos colaboradores. Além disso, o surgimento de novas invenções tecnológicas (ou ao menos a sua popularização) foi acelerado pelo contexto atual.
Momentos de crise, muitas vezes, servem como combustível para mudanças que já eram necessárias em determinados cenários. E é sobre isso que falaremos no texto de hoje. Entenda como o novo coronavírus adiantou o futuro dos escritórios e do trabalho, e saiba o que os gestores devem considerar daqui pra frente.
O fim das barreiras geográficas: anywhere office
Nós já falamos do anywhere office há bastante tempo, pois acreditamos piamente na cultura do trabalho remoto. Mas muitas empresas estão descobrindo as vantagens desse modelo somente agora, de maneira “forçada”.
Ter a liberdade de escolher trabalhar na sede da empresa, em um coworking perto de casa, viajando ou mesmo em home office fará parte do novo normal para os profissionais. Isso faz parte do novo modelo híbrido/distribuído, que será uma necessidade no início do retorno aos escritórios, mas um benefício para o futuro.
Uma necessidade imediata porque nem todos poderão voltar ao mesmo tempo, já que a capacidade dos espaços será reduzida em um primeiro momento a fim de garantir o distanciamento. E um benefício futuro porque assim as pessoas poderão desfrutar da tão almejada flexibilidade no seu dia a dia profissional.
“Agora, todas as empresas não só estão vendo que o trabalho remoto é possível, mas que de fato traz mais qualidade de vida para as pessoas e eficiência operacional/redução de custo para as empresas. Além de tirar barreiras físicas de contratação e retenção de talentos e ajudar a escalar mais rápido. Acreditamos que o futuro do trabalho foi adiantado em 10 anos e que ele é híbrido/distribuído: casa, coworking, escritório”, comentou a CEO do Woba, Roberta Vasconcellos, em entrevista para a rádio Jovem Pan.
O design pensado para todos
“Pela primeira vez na história, teremos quatro gerações trabalhando lado a lado, o que significa que suas diferentes maneiras de pensar e agir devem ser levadas em consideração ao projetar ambientes de trabalho”, afirma o Relatório de Tendências para o Local de Trabalho da Kinnarps. Isso significa que usabilidade, tecnologia e ergonomia devem ser unidas e pensadas para todas as necessidades.
O mesmo relatório do futuro dos escritórios destaca que “o ambiente em que estamos inseridos tem um grande impacto em nossos cérebros. Em um ambiente de trabalho consciente, onde as pessoas estão focadas, há um entendimento de que os valores da empresa desempenham um papel vital no que diz respeito ao bem-estar, e de que o design e a psicologia estão interligados”.
Preocupação com limpeza e distanciamento
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de novos hábitos e protocolos de saúde, limpeza e segurança para serem seguidos em ambientes de uso compartilhado. Nos escritórios isso não seria diferente.
O vírus se espalha principalmente por meio do contato, especialmente quando uma pessoa infectada fala, tosse ou espirra. Além disso, partículas vivas do novo coronavírus podem permanecer no ar por horas e sobreviver em algumas superfícies por diversos dias.
A limpeza com água e sabão remove os germes e a sujeira visível das superfícies. Entretanto, isso nem sempre mata todos os germes. Para matar os germes, é preciso usar desinfetantes, que são mais potentes que o sabão.
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, não se sabe quanto tempo o ar de uma sala com alguém com coronavírus fica potencialmente infeccioso. Por isso, nesse ambiente, o cuidado precisa ser redobrado. Afinal, é onde as pessoas passam a maior parte do seu dia.
Para respeitar a distância de segurança entre as pessoas dentro do escritório, as cadeiras devem ser posicionadas a, pelo menos, 1,8 metro de distância uma da outra. Isso, inevitavelmente, diminui a capacidade das salas privativas e ambientes compartilhados. Mas é uma medida necessária para garantir a saúde e segurança das pessoas dentro do escritório.
Além disso, as janelas devem ser mantidas abertas todo o tempo, permitindo a circulação constante do ar. Em prédios nos quais não é possível abrir as janelas e o uso de sistemas de ar condicionado se faz necessário, os cuidados com a limpeza e manutenção desses aparelhos deve ser redobrado.
Veja exemplos do futuro dos escritórios no vídeo abaixo:
Saiba mais sobre o Guia Escritório Mais Seguro: Woba & Sercon
Colaboração do espaço à cultura
“Colaborar e criar juntos — de qualquer lugar, a qualquer momento, em pequenas empresas e grandes corporações — está se tornando mais simples e natural, e essas novas possibilidades estão impactando o design de tudo, desde pequenos objetos a estações de trabalho e edifícios inteiros”, afirma a pesquisa publicada pela Kinnarps.
E claro, de nada adianta ter um ambiente colaborativo se não houver uma cultura de colaboração dentro da empresa. Durante a crise do coronavírus temos visto que isso é possível de diversas maneiras. Exercendo a empatia, desenvolvendo rituais internos de cuidado com a saúde (física e mental), aprimorando os processos. Tudo isso contribuirá para a construção de uma empresa com valores alinhados com os das pessoas que estão ali dentro.
Uso da tecnologia com baixo contato
Por último, mas não menos importante, uma forte tendência é o uso de tecnologias com baixo contato (ou low touch, ou ainda touchless). Não é algo exatamente novo, já que torneiras com sensores de aproximação são bastante comuns, por exemplo. Mas esses recursos serão ainda mais necessários a partir de agora, a fim de evitar o toque nas superfícies com alto risco de contaminação, como botões de catracas, elevadores e máquinas de cartão de crédito.
Nos escritórios é possível recorrer à tecnologia de reconhecimento facial no lugar da biometria como forma de controle de entrada. Além disso, os sensores nas portas, catracas e elevadores automáticos serão cada vez mais eficientes e aprimorados. E isso é só o começo, nunca se sabe o que pode surgir por aí, não é mesmo?
Se adaptar ao “novo normal” é essencial para todas as empresas e profissionais a partir de agora. E o trabalho remoto já se tornou o protagonista dessa história. Se você ainda tem dúvidas sobre o assunto, clique aqui e confira o nosso material gratuito com tudo que você precisa saber sobre o modelo de trabalho remoto, suas vantagens e particularidades!