Empresas human first: uma tendência para 2021
Empresas human first são organizações que colocam as pessoas em primeiro lugar. Ou seja, o que mais importa não é o lucro, tecnologia atingida ou renome de mercado, mas sim o bem-estar e desenvolvimento dos colaboradores — todas essas outras coisas vêm como consequência.
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As empresas estão percebendo cada vez mais o poder de criar organizações centradas nas pessoas, que valorizam tanto a felicidade dos funcionários quanto os resultados. E ousamos dizer ainda mais: elas perceberam que bons resultados estão diretamente ligados à satisfação dos colaboradores. Isso trouxe à tona, portanto, a discussão sobre o que são empresas human first e como elas atuam.
A pandemia do coronavírus evidenciou ainda mais a necessidade das empresas de voltarem seus olhares para as pessoas. Em um primeiro momento o foco principal foi garantir a segurança de todos — por isso muitas equipes foram enviadas para casa. Em segundo lugar, foi dada uma atenção maior para os colaboradores que sentiram insegurança com o cenário.
Posteriormente, foi preciso adaptar os processos diários a uma nova rotina individual. E agora, finalmente, começa-se a pensar no retorno mais seguro aos escritórios. Entenda o que são empresas human first e como esses passos foram dados em organizações com tal posicionamento.
O que são empresas human first
Human first ou people first companies são empresas que colocam as pessoas em primeiro lugar. Ou seja, o que mais importa não é o lucro, tecnologia atingida ou renome de mercado, mas sim o bem-estar e desenvolvimento dos colaboradores — todas essas outras coisas vêm como consequência.
Um estudo realizado por economistas da Universidade de Warwick, na Inglaterra, descobriu que a felicidade levou a um aumento de 12% na produtividade, enquanto trabalhadores infelizes se mostraram 10% menos produtivos. Como a equipe de pesquisa colocou: “Achamos que a felicidade humana tem efeitos causais grandes e positivos na produtividade. As emoções positivas parecem revigorar os seres humanos.”
As empresas estão começando a trabalhar em prol dos profissionais, e não apenas o contrário. Hoje a experiência dos colaboradores vai além do que entendemos anteriormente como “envolvimento dos funcionários”. O que isso significa exatamente? A ideia central é colaborar ativamente com as pessoas para entender seu ponto de vista e criar experiências que as permitam fazer o melhor trabalho possível.
Como organizações centradas nas pessoas lidaram com a crise
Daniel Spolaor, diretor de RH da Ambev responsável por seis países da América do Sul, pontuou que a área sempre esteve preocupada com o bem-estar e desenvolvimento das pessoas, mas que agora a atenção principal está voltada para a saúde e segurança dos funcionários.
“Criamos comitês regionais para entender quais eram as melhores soluções. Precisamos ouvir as pessoas ativamente para ajudar a entender a situação rapidamente. Flexibilidade é o jogo. O que fez a gente evoluir e aprender com o negócio foi ouvir muito e se adaptar rápido”, disse em um webinar realizado pelo Woba.
Já César Barboza, da Hotmart, explicou que uma série de ações focadas nos pilares da cultura da empresa estão sendo tomadas. “A nossa cultura é baseada em três pilares: love, liberdade e autonomia. Pra fazer essa transição a gente dividiu isso em quatro pilares: transparência e informação; adaptação e reinvenção; comunidade; e nosso ativo mais valioso: os troopers (apelido dado aos colaboradores da Hotmart)”, disse.
Dentre as ações podemos destacar o envio semanal de atualizações do cenário interno e externo, feito pelo CEO, JP Resende, a realização de eventos online (como o aniversário de 9 anos da Hotmart) e o apoio a fornecedores.
O que está sendo feito para a retomada pós Covid-19
Ao longo da pandemia, os governos federal, estaduais e municipais implementaram legislação, orientação e regulamentos específicos da COVID-19 referentes a afastamentos de funcionários e outros assuntos relacionados ao local de trabalho.
Além disso, muitas empresas já anunciaram planos para reduzir substancialmente seu portfólio tradicional de escritórios — alguns em 50% ou mais. Empresas como XP Inc, Google, Facebook e Twitter já anunciaram a possibilidade de adotar o trabalho remoto de forma permanente.
Roberta Vasconcellos, CEO do Woba, acredita que o futuro será distribuído: casa, coworking, escritório. “Durante a pandemia as empresas tiveram que adotar de forma emergencial o trabalho remoto e elas se adaptaram a ele, viram que funciona, que traz mais qualidade de vida para as pessoas e redução de custos para as organizações”, disse Roberta em uma entrevista para a rádio Jovem Pan.
Segurança nos espaços de trabalho
A limpeza com água e sabão remove os germes e a sujeira visível das superfícies. Entretanto, isso nem sempre mata todos os germes. Para matar os germes, é preciso usar desinfetantes, que são mais potentes que o sabão.
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, não se sabe quanto tempo o ar de uma sala com alguém com coronavírus fica potencialmente infeccioso. Por isso, nesse ambiente, o cuidado precisa ser redobrado. Afinal, é onde as pessoas passam a maior parte do seu dia.
Para respeitar a distância de segurança entre as pessoas dentro do escritório, as cadeiras devem ser posicionadas a, pelo menos, 1,8 metro de distância uma da outra. Isso, inevitavelmente, diminui a capacidade das salas privativas e ambientes compartilhados. Mas é uma medida necessária para garantir a saúde e segurança das pessoas dentro do escritório.
Além disso, as janelas devem ser mantidas abertas todo o tempo, permitindo a circulação constante do ar. Em prédios nos quais não é possível abrir as janelas e o uso de sistemas de ar condicionado se faz necessário, os cuidados com a limpeza e manutenção desses aparelhos deve ser redobrado.
Como você pode garantir a segurança para a sua empresa
É importante que as empresas dos mais diversos setores se unam a instituições e profissionais de saúde para entender as particularidades de cada atividade, a fim de reduzir os riscos de transmissão do novo coronavírus.
No ramo dos escritórios flexíveis, o Woba (a maior plataforma de escritórios flexíveis do país), se uniu à Sercon (uma empresa referência em Saúde e Segurança no Trabalho) para criar um guia para ter mais segurança no trabalho.
Para cada ponto, classificamos os riscos e fizemos uma ou mais recomendações para diminuir a chance de transmissão do novo coronavírus . A partir dessa perspectiva, foram consideradas as seguintes variáveis:
- Tempo de contato com um local ou objeto;
- Se o local ou objeto é de uso compartilhado ou individual;
- Tempo de vida do novo coronavírus de acordo com a superfície;
- Probabilidade do local ou objeto estar contaminado.
Se você quer saber mais sobre as boas práticas de saúde e segurança nos espaços de trabalho, aproveite para ler o nosso artigo sobre distanciamento social em escritórios.