O que as empresas podem aprender com a história do escritório?
As primeiras formas de trabalho surgiram há milhares de anos. Desde o primeiro momento em que o ser humano uniu-se em sociedade foi necessário dividir tarefas e lutar pela sobrevivência. Mas quando surgiu o trabalho como conhecemos hoje? E aonde entra a história do escritório?
Índice de conteúdo
Essas são algumas perguntas que vamos tentar responder ao longo deste texto. Além disso, mostraremos como a evolução dos escritórios pode ensinar os profissionais e empresas a sempre se renovarem e se manterem atualizados. Ficou curioso? Se sim, continue a leitura!
O surgimento do trabalho
Os primeiros trabalhos tinham como objetivo a sobrevivência. Aprendemos a plantar, caçar e desenvolvemos ferramentas que permitissem e facilitassem essas tarefas. A divisão de responsabilidades era nivelada e todos trabalhavam pelo bem comum.
Com o tempo, certos grupos começaram a se tornar mais fortes, o que fez com que passassem a ter status de poder. Dessa forma, começaram a escravizar os mais fracos para que estes fizessem o trabalho braçal. Assim, a sociedade ficou dividida entre escravos e seus senhores.
Com a evolução das sociedades e a queda do império romano, a Europa começa a sofrer um processo de ruralização.
A agricultura se tornou uma atividade importante e o sistema feudal passa a tomar conta do continente. As divisões entre grupos sociais, por sua vez, começaram a se tornar cada vez mais visíveis.
Por fim, principalmente a partir da Idade Média, surgiu o trabalho assalariado. As pessoas começaram a vender os produtos que cultivavam e produziam, além de disponibilizarem diversos tipos de serviços. Em linhas gerais, esse é o começo do trabalho como conhecemos.
O começo da história do escritório
Na Idade Média, os mosteiros eram os locais de estudo e conhecimento. Foi neles que surgiram os primeiros escritórios, destinados à leitura e à escritura de documentos.
Os monges se isolavam dos demais integrantes da sociedade e ficavam em total concentração. Conforto não era uma palavra comum por ali, pois todos ficavam em pé e focados no trabalho intelectual.
Durante o renascimento, a partir do século XIII, a produção intelectual do mundo religioso começou a se mover entre a ciência e o comércio. Entre os séculos XVII e XVIII, as atividades planejadas aumentaram muito a organização administrativa, mas dessa vez foi devido aos estados centralizados.
Tarefas voltadas para a classificação e o arquivamento de informações continuaram sendo importantes para os intelectuais e o comércio. Contundo, artistas e escritores passaram a utilizar os escritórios como espaços de isolamento independentes.
Com disciplina e concentração forçadas, o trabalho ganhou um novo valor durante o Iluminismo. Trabalhar tornaria o cidadão livre mais produtivo, graças à educação.
A história do escritório moderno
Dando um salto na história do escritório, que permaneceu por séculos como um modelo não cambiável, chegamos à era industrial. A partir do século XIX as cidades foram se modernizando e os primeiros escritórios em regiões industriais começaram a surgir.
Graças à invenção do telefone, do telégrafo e da ferrovia, as atividades administrativas e a administração da empresa puderam ser localizadas fora do local de produção. Os trabalhadores de escritório ainda eram uma pequena minoria na força de trabalho e considerados improdutivos dentro da atividade do processo industrial.
Os escritórios comerciais e outras companhias focadas em serviço, assim como as agências governamentais, consolidaram o trabalho burocrático. Os espaços de trabalho eram projetados de acordo com a funcionalidade, de forma padronizada e essencialmente focada no isolamento do profissional.
A divisão do trabalho, combinada com a invenção da máquina de escrever, assim como a iluminação elétrica, passou a facilitar atividades e informações intensivas para os trabalhadores.
Na década de 1930, as empresas começaram a expressar sua identidade.
A administração podia ser encontrada nos grandes salões de edifícios e os executivos tinham seus escritórios individuais com corredores largos que eram muito mais luxuosos.
A partir dos anos 1950, pela primeira vez, arquitetos e designers começaram a olhar para dentro dos edifícios e consideraram o layout do espaço de trabalho como um fator de produtividade.
A evolução dos espaços de trabalho
Toda essa padronização e falta de liberdade parece muito estranha para quem está acostumado com os espaços de trabalho de hoje em dia. Porém, foi apenas a partir da década de 60 que as coisas começaram a mudar.
A maior valorização do trabalho criativo e a preocupação com a ergonomia levantaram questões importantes quanto ao ambiente de trabalho entre as décadas de 60 e 70.
Assim, a visão das organizações para construir ambientes de trabalho começou a se concentrar nas necessidades dos trabalhadores.
A economia baseada em serviços explodiu junto com o desenvolvimento da invenção dos computadores, mudando a imagem do trabalho. Contudo, a história do escritórios nos mostra que os espaços ainda eram muito padronizados e sem personalidade.
A revolução na história do escritório
A tecnologia, o crescimento dos grandes centros urbanos, a vida corrida do século XXI e as novas formas de trabalho revolucionaram a maneira como as pessoas lidam com essa parte de suas vidas. Os modelos tradicionais de escritórios não atendem mais às necessidades das empresas e muito menos dos profissionais.
Tecnologias como Skype, Zoom e outras ferramentas de comunicação virtual começaram a permitir a implementação do trabalho remoto. Um colaborador pode estar no Japão e trabalhar para uma empresa dos Estados Unidos. Isso, inclusive, tem sido incentivado e visto como uma grande vantagem e oportunidade para as organizações.
Com isso, a necessidade de revolucionar os espaços de trabalho também surgiu de forma latente. Os escritórios passaram a se tornar ambientes descontraídos, que incentivam a criatividade, o trabalho em equipe e promovem o conforto, a praticidade e a estrutura necessários para um profissional moderno.
A partir daí foi criado, também, o conceito de coworking, ou seja, um ambiente compartilhado para profissionais remotos, empresas modernas e quem mais quiser fazer parte de uma nova forma de trabalho.
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O surgimento do escritório compartilhado
Em 1999, o designer de games estadunidense Bernard De Koven criou o termo “coworking” para descrever algo como “extensão do trabalho no ambiente online”. Algo que não tem muito a ver com o conceito que conhecemos hoje, já que os coworkings são um espaço físico e não virtual.
No entanto, em 2005, o engenheiro de software Brad Neuberg decidiu criar um novo tipo de espaço para apoiar a comunidade e criar uma estrutura de trabalho colaborativa, dando o nome de coworking. Esse é o início da história do escritório compartilhado, juntamente com o surgimento da economia colaborativa.
Dentro desse contexto, vale dizer que os escritórios compartilhados evoluíram muito nos últimos 15 anos. Eles se tornaram uma tendência mundial quando o assunto é espaço de trabalho.
Os coworkings oferecem o melhor de dois mundos: a liberdade de um local descontraído aliada e uma estrutura física completa. São escritórios que que incentivam a convivência e o compartilhamento, preocupando-se em suprir as necessidades das empresas e dos profissionais.
Este foi um breve resumo sobre a história do escritório e a forma como o trabalho está ligado ao espaço físico em que os profissionais estão inseridos. A evolução dos escritórios mostra que a qualidade dos produtos e serviços também está ligada à qualidade de vida dos profissionais. Por isso, é importante buscar meios para atingir o ponto de equilíbrio entre os dois.
Você acha que a sua empresa pode se beneficiar com um ambiente colaborativo de trabalho? Se sim, leia sobre as diferenças entre os escritórios tradicionais e os espaços de coworking.