O que é real estate? Qual é a sua importância para o mercado de coworking?
Sinônimo de mercado imobiliário, real estate indica um segmento no qual é possível obter lucro com a venda e aluguel de imóveis. No entanto, esse cenário vem sendo impactado pelo setor de coworking.
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A participação dos coworkings no mercado imobiliário corporativo deve saltar dos 5% em 2022 para 30% até 2030, representando uma mudança significativa de 152,7 mil m² para 750 mil m². Além disso, os escritórios comerciais de alto padrão serão responsáveis por 15% do total de lajes corporativas durante o período.
Neste artigo, será explorada a relação entre real estate e coworking, além de seus respectivos impactos na estratégia de gestão de imóveis das empresas.
Continue lendo para entender mais sobre este segmento em expansão!
O que é real estate?
Real estate é o termo em inglês que significa propriedade real e, normalmente, está relacionado a um imóvel ou patrimônio imobiliário, como fundos de investimentos no setor (FIIs). Sendo assim, sempre remete à ideia de um bem tangível.
No Brasil, o conceito é sinônimo de mercado imobiliário. Como um segmento do mercado financeiro, é uma área que vem chamando a atenção de investidores que visam garantir a valorização de uma propriedade para obterem lucro — mesmo em períodos de crise.
O mercado imobiliário abrange 56% da riqueza global. Segundo dados levantados pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), entre janeiro e dezembro de 2023, as vendas de novos imóveis no mercado imobiliário aumentaram 32,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Coworking VS modelo tradicional de aluguel
Há cerca de 20 anos, os primeiros coworkings começaram a surgir no mundo, oferecendo ambientes de uso compartilhado como:
- escritórios privativos;
- salas comerciais;
- espaço para eventos corporativos;
- salas de reunião.
Desde então, os escritórios compartilhados viraram uma tendência e consolidaram-se no mercado nos últimos anos.
A princípio, os principais interessados eram profissionais freelancers, empreendedores e startups que precisavam de um ambiente corporativo de baixo custo e boa infraestrutura. No entanto, cada vez mais, médias e grandes empresas começaram a adotar o coworking devido a sua flexibilidade.
Vantagens de utilizar um espaço flexível
Um dos principais benefícios do coworking é a redução de custos que proporcionam para o negócio. Afinal, gastos relacionados a água, luz, internet, manutenção, higiene, materiais de escritório, entre outros, deixam de ser uma preocupação.
Em contrapartida, paga-se apenas uma mensalidade — conforme o uso — e o resto fica sob responsabilidade do proprietário do coworking.
Por conseguinte, o setor de coworking rompeu as barreiras do escritório tradicional, deu espaço à força de trabalho multigeracional e fortaleceu as estratégias para engajar os funcionários.
Dessa forma, ao invés de alugar um escritório operacional ou buscar por salas comerciais para alugar no modelo tradicional, as empresas começaram a perceber um número crescente de vantagens em escolher espaços compartilhados.
Mas afinal, o que o real estate tem a ver com coworking?
O real estate está intimamente ligado ao coworking porque ambos envolvem a utilização e a gestão de espaços comerciais.
Todavia, os escritórios flexíveis permitem que as empresas utilizem os espaços de trabalho conforme as suas necessidades, sem os compromissos de longo prazo de um aluguel tradicional ou compra de lajes, prédios e etc.
Esta flexibilidade permite reduzir significativamente os investimentos em real estate e possíveis passivos para a empresa.
Assim, é possível não apenas otimizar o uso dos ambientes, mas também atender à crescente demanda por estruturas adaptáveis e, ao mesmo tempo, promover uma melhor utilização dos ativos imobiliários e contribuir para uma gestão de imóveis mais eficiente e lucrativa.
Como o coworking impactou o real estate?
Para entender como os escritórios flexíveis impactaram o setor imobiliário, é preciso conferir alguns dados do relatório da empresa de advocacia Ropes & Gray:
- 55% acreditam que o coworking continuará absorvendo o espaço dos escritórios tradicionais;
- 100% entendem que houve um aumento de moderado a significativo na proporção de startups que usam o escritório compartilhado;
- 92% perceberam o mesmo crescimento de moderado a significativo em relação aos autônomos e 73% enxergaram o mesmo critério nas grandes empresas;
- 83% dos investidores preveem alta no total de participantes no coworking entre as maiores operadoras, enquanto 71% percebem o mesmo movimento nas pequenas.
Vale destacar também que a manutenção do escritório é o segundo maior custo das empresas. Além disso, o crescimento do setor de coworking deverá ser de 116% até 2024, quando o total de pessoas trabalhando nesses espaços atingir 5 milhões; representando um crescimento de 158%, quando comparado a 2020.
A revolução no mercado de real estate
O mesmo levantamento da Ropes & Gray indicou que 89% dos entrevistados afirmam que os proprietários tradicionais emprestaram as inovações do Real Estate as a Service (REaaS) — uma tendência de negócios na qual o cliente final possui acesso rápido a espaços e suas respectivas amenidades.
Além disso, 70% acreditam que a tendência dos grandes players do coworking seja de compra, em vez do financiamento de ativos; sendo um movimento que deve acelerar nos próximos anos. Ou seja, mesmo com diversas opções no mercado imobiliário, os escritórios flexíveis destacam-se como escolha dos investidores.
Demanda dos colaboradores
O real estate também é impactado devido a uma demanda dos próprios colaboradores. Afinal, a experiência de home office e trabalho remoto fez surgir novas necessidades.
Tanto é que uma pesquisa da consultoria PwC mostrou que 67% dos profissionais preferem o modelo de home office ou o trabalho híbrido com duas idas ao escritório por semana, sendo a justificativa da escolha com base na produtividade.
Enquanto 58% dos gestores preferem formas de trabalho mais flexíveis, 68% dos profissionais que não estão em cargos de gerenciamento acreditam ser mais ou muito mais produtivos no trabalho remoto. Portanto, tanto as empresas quanto o setor imobiliário precisam incorporar as novas demandas de adequação.
Qual é o futuro do setor de real estate e dos coworkings?
Como explicado, além das mudanças nas formas de trabalho, o uso dos imóveis comerciais foi modificado profundamente pelo setor de coworking.
As empresas responsáveis pelos empreendimentos do segmento começaram a absorver parte dos principais mercados metropolitanos, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar aos colaboradores com a otimização dos deslocamentos diários.
Todavia, o work-life-balance é apenas um dos motivos que fazem o futuro do real estate ser baseado nos escritórios flexíveis. A seguir, confira as novidades que ainda devem surgir:
- joint ventures: operadores de coworking e proprietários de imóveis podem se unir para comprar, desenvolver ou repor construções para focar os escritórios compartilhados para obter um lucro maior;
- redesenvolvimento contínuo: os escritórios e as indústrias tradicionais continuarão em processo de mudança e serão cada vez mais atraídos para o modelo coworking que, por sua vez, tende a abranger novos setores;
- financiamentos de curto prazo: pequenos e médios inquilinos, geralmente, optam por prazos de aluguel mais curtos, tornando os espaços compartilhados mais atrativos em comparação com os escritórios tradicionais.
Ainda que o processo esteja em desenvolvimento, é importante lembrar que muitas empresas já vivem um novo formato de trabalho por meio do anywhere office, ou seja, a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar. Por isso, é preciso que sua empresa esteja alinhada com as mudanças exigidas pelo mercado.
Afinal, ainda vale a pena alugar um espaço comercial no modelo tradicional?
Ao invés de buscarem por salas de escritórios para alugar no modelo tradicional, muitas empresas optam pelas salas privativas ou escritórios enterprise. Ou seja, escritórios exclusivos onde a imagem da marca pode ser preservada e somente a equipe da companhia tem acesso.
Assim, é possível criar um hub central para o negócio — um diferencial importante que traz uma série de benefícios que podem impulsionar o crescimento e o sucesso da empresa, uma vez que os coworkings surgem como uma alternativa estratégica para diminuir gastos, otimizar custos e atender às demandas dos colaboradores.
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