O que as lideranças de RH aprenderam com a COVID-19 e as lições para o futuro
Para saber o que as lideranças de RH aprenderam com a COVID-19, é preciso pensar em conflitos internos, comunicação, saúde mental, vantagem competitiva e outras questões. Vários fatores interferem nesse processo, mas todos eles trazem lições para o futuro. Saiba mais neste post!
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A pandemia gerou aprendizados para todo mundo, especialmente, no ambiente corporativo. Colaboradores e gestores tiveram que se adaptar a esse novo cenário e lidar com inseguranças, incertezas, problemas de comunicação e outras situações. Dessa forma, o que as lideranças de RH aprenderam com a COVID-19?
Responsáveis por gerenciar todas as equipes, esses profissionais tiveram que se atentar a várias questões. Algumas das principais foram apontadas em uma pesquisa da consultoria Robert Half.
O levantamento mostrou que 28% dos recrutadores colocaram a saúde mental como a maior preocupação de 2021. Esse dado é derivado das respostas de colaboradores, que sinalizaram que:
- Sentem-se cansados e estressados (40%) depois de mais de 1 ano de trabalho remoto;
- Apresentam piora da saúde mental (32%);
- Sentem falta de contato próximo com gestores e equipe (16%);
- Espaço físico inadequado para realizar o trabalho (10%).
Esse cenário leva a outros fatores que exigem atenção dos líderes de RH. É o caso da comunicação interna, que foi apontada por 54% das empresas em pesquisa do Great Place to Work, e do mindset da liderança, citada por 53%.
Afinal, os aprendizados da pandemia ajudam a trabalhar a motivação e o engajamento. Ao mesmo tempo, aumentam a sensação de pertencimento, seja no trabalho remoto, seja no híbrido ou no presencial.
O que os líderes de RH aprenderam com a COVID-19? Como esses ensinamentos ajudam a manter um ambiente de trabalho saudável? Descubra as respostas a seguir.
A flexibilidade é essencial para a inclusão
Muitas empresas acreditavam que suas funções precisavam ser exercidas diretamente do escritório. Com a mudança forçada pela COVID-19, ficou claro que a realidade é diferente. Inclusive, a flexibilidade do modelo de trabalho auxilia também na inclusão dos colaboradores.
Como? Para começar, é preciso lembrar de que a pandemia ressaltou as desigualdades. Enquanto uns tiveram a oportunidade de ficar em casa durante todo o tempo, outros precisaram sair de casa todos os dias. De um lado, empresas forneceram o suporte físico e psicológico necessário a quem estava trabalhando remotamente. De outro, companhias colocaram sistemas para cronometrar quanto tempo o funcionário estava trabalhando e pressionaram para a entrega de resultados.
Além disso, alguns profissionais tiveram problemas extras para trabalhar em casa. Filhos, família, internet ruim foram fatores negativos, que exigiram mais esforço para criar um ambiente de trabalho remoto mais saudável.
Nesse caso, as lideranças de RH aprenderam que a flexibilidade pode vir relacionada à inclusão. Afinal, tornou-se necessário entender o que cada profissional precisava e como poderia levar adiante suas responsabilidades pessoais e profissionais.
O que levar para o futuro?
Em vez de lidar com as situações de forma genérica, a gestão de RH precisa se atentar aos casos individuais. Poucas circunstâncias podem ser adaptadas a todos os membros da equipe. Por isso, é importante efetivar uma abordagem diferenciada para cada colaborador.
Isso também gera a inclusão. Quando você ouve a opinião de cada profissional, identifica suas necessidades e tem a chance de criar empatia e compaixão. Da mesma forma, valoriza suas experiências e conhecimentos. Esse contato humanizado faz a diferença na atração e na retenção de talentos.
A gestão deve ser focada nas pessoas
Muitas empresas ainda acreditam que o lucro é o principal, sem perceber que esse resultado só vem por conta do trabalho das pessoas. Com as mudanças proporcionadas pela COVID-19, foi necessário repensar esse cenário e mudar o foco da gestão para os funcionários.
Isso porque a pandemia transformou o modo de operação das empresas. Mais do que um desafio, esse contexto traz grandes oportunidades. Por isso, é o momento de pensar quais são as capacidades, a coragem e a credibilidade do negócio para fazer essa mudança e centrar sua gestão nas pessoas.
O que levar para o futuro?
Para efetivar uma gestão centrada nas pessoas, é preciso estabelecer mais transparência nos processos, inclusive os de pagamento. Afinal, o custo da retenção de talentos é menor do que o de desligamento, admissão e treinamento. Ou seja, o temido turnover.
Sem contar que o foco nas pessoas aumenta a satisfação dos colaboradores. Com isso, há possibilidade de alcançar melhores resultados. Portanto, a gestão realmente voltada as pessoas gera faturamento, alcance dos objetivos estratégicos, mais competitividade e melhoria da reputação organizacional.
A confiança depende das lideranças estarem acessíveis
Os colaboradores serão mais engajados e motivados se tiverem confiança nos seus gestores e esse sentimento precisa ser construído e conquistado. Isso já era conhecido, mas era mais fácil gerenciar a situação quando todos estavam no escritório.
Durante a pandemia, os conflitos internos no trabalho remoto surgiram com mais força devido a problemas de comunicação, falta de acompanhamento e outras situações características da distância necessária no período.
O que levar para o futuro?
Se a construção da confiança é mais difícil quando todos se conectam de forma virtual, o que as lideranças de RH aprenderam com a COVID-19 foi que esse cenário pode ser contornado com vários canais de contato. Além disso, as respostas rápidas também são necessárias.
Essas medidas ajudam os colaboradores a saberem que podem confiar e que não estão sozinhos. A ideia não é microgerenciar, mas estar disponível sempre que necessário.
Dessa forma, os funcionários também sabem que podem conseguir ajuda quando necessitarem. Em outras palavras, a equipe se ajuda e garante que todos estejam alinhados e no mesmo nível de trabalho.
Os desafios devem ser observados de maneira diferente
Conflitos internos nas equipes, clientes exigentes que pedem muitos ajustes, tecnologias que funcionam de forma inadequada. Todos esses desafios existem, mas precisam ser combatidos. A questão é como lidar com eles.
O trabalho remoto trouxe dificuldades. Isso porque a adaptação exigiu mudanças no comportamento. Por isso, esse foi um dos aprendizados das lideranças de RH com a COVID-19.
O que levar para o futuro?
Nesse cenário, as gerações Z e Millenial têm muito a contribuir. Por já terem um contato maior com a tecnologia, apresentam um ponto de vista diferenciado. Inclusive, podem ajudar de maneira significativa no planejamento de continuidade do negócio.
Nesse cenário, o uso de ferramentas apropriadas é fundamental. Essa é a regra para fortalecer a adaptação necessária a situações futuras. Assim, é possível se comunicar com a equipe, gerenciar projetos, garantir a realização de atividades e mais. De quebra, isso leva à construção de confiança, aumento da produtividade e outros aspectos positivos.
Portanto, fica claro que a pandemia gerou um novo contexto. Porém, esse cenário não deve ser encarado como uma dificuldade, mas como uma oportunidade. Essa é a chance de aplicar novos formatos de trabalho e se beneficiar deles.
Além disso, garante que você revisite seus processos de negócios. Ou seja, mais do que saber o que as lideranças de RH aprenderam com a COVID-19, é o momento de implementar essas ideias na sua empresa. Que tal começar?
Aproveite e conheça os novos formatos de trabalho! Baixe a checklist necessária para sua empresa se preparar e tirar o máximo proveito.
Texto escrito por Fabíola Thibes, jornalista e redatora web.