Diretora-geral da Swarovski ensina como exercer uma liderança humana 

A liderança vai muito além de dar ordens e distribuir tarefas. Para que um ambiente de trabalho seja agradável e inspirador, é preciso que ele seja humanizado, promova a diversidade e garanta a equidade. Conheça mais sobre o tema!

O conceito de liderança é entendido por algumas pessoas como chefia e cobrança de tarefas.

Mas, diferentemente do que acredita o senso comum, as habilidades de liderança são muito mais do que somente a gestão da empresa e podem ser desenvolvidas por todos.

Para que exista uma superação da visão hierárquica dentro da empresa, deve haver compreensão plena do conceito de liderança por todos os membros da equipe. 

A diretora-geral da Swarovski mostra como exercer uma liderança humana e efetiva. Quer saber mais? Continue a leitura para conferir!

Afinal, o que é liderança?

Primeiramente, é preciso entender o que significa o conceito de liderança. No ambiente institucional, ser líder é sinônimo de motivar e inspirar colaboradores por meio do exemplo. Trata-se de uma forma de influenciar ações entre o time.

Por esse motivo, todos os colaboradores são responsáveis e auxiliam na função de liderança, de alguma forma, a fim de alcançar os objetivos da organização. Apesar de ser um conceito dinâmico, existem alguns atributos fundamentais em um líder. Por exemplo:

  • Comunicação clara, precisa e transparente;
  • Boa relação interpessoal com os colaboradores;
  • Conhecimentos profundos sobre a equipe, bem como as habilidades e limitações de cada colaborador;
  • Capacidade de ouvir e entender as demandas da equipe;
  • Facilidade para trabalhar em grupo;
  • Poder de direcionar e motivar a equipe.

Também é válido considerar que existem vários tipos de lideranças. Conhecer os principais é importante para que as necessidades da empresa sejam atendidas de maneira mais precisa.

Tipos de liderança

Como foi possível aprender, existe mais de um tipo de liderança. Esse dinamismo tem como função se adequar a diferentes ambientes corporativos e suas particularidades, além de considerar as tendências do mercado. Alguns exemplos são:

  • Liderança compartilhada — toda equipe é responsável pelas decisões e resoluções de problemas;
  • Liderança colaborativa — todos estão no mesmo patamar e podem compartilhar tarefas quando for necessário;
  • Liderança criativa — o líder incentiva criatividade e inovação;
  • Liderança diretiva ou autocrática — o líder é mais rígido e a equipe não é consultada para a tomada de decisões;
  • Liderança democrática — os colaboradores participam da tomada de decisões;
  • Liderança informal —  não há um título oficial de líder, mas há uma habilidade de liderança que faz com que a pessoa seja eleita pelos colegas para exercer esse papel;
  • Liderança liberal — o líder repassa os poderes para sua equipe e os funcionários se auto gerenciam;
  • Liderança situacional — há um ajuste do líder para demandas específicas e situações cotidianas; 
  • Liderança transformacional — o líder busca incentivar mudanças e transformações dentro da empresa;
  • Liderança transacional — é um modelo baseado em trocas e os colaboradores recebem recompensas ou punições diante do desempenho nas tarefas;
  • Liderança de pensamento — exercida por alguém que tem opiniões que influenciam outras pessoas;
  • Liderança gentil — busca promover um ambiente mais humano e positivo.

O que a diretora da Swarovski pode nos ensinar sobre liderança humana?

Como vimos, liderar não é apenas distribuir tarefas, nem deve ser apenas uma forma de hierarquizar funções dentro da empresa. Uma liderança humana e que valoriza as potencialidades de cada colaborador é transformadora para o ambiente corporativo. 

Nesse sentido, bons líderes também podem impactar na produtividade do negócio.

Para compreender mais sobre a importância de um líder para o progresso de um empreendimento, é interessante conhecer histórias de pessoas proeminentes na função. Um exemplo é Carla Assumpção, que está no cargo de diretora-geral da Swarovski — uma destacada joalheria de origem austríaca — há 22 anos. 

A trajetória de Carla começou quando a marca ainda não estava consolidada no Brasil. Nesse cenário, uma de suas primeiras funções foi promover estratégias de relações públicas para que a marca se tornasse conhecida. Com isso, adquiriu a sua experiência no mercado e hoje pode compartilhar as suas lições. Acompanhe!

Ambiente humanizado

Para Carla, é fundamental que a liderança não esteja limitada apenas à conquista de objetivos e resultados, mas que tenha foco na promoção de um ambiente humanizado. 

Agora que a marca está fortalecida, a diretora-geral acredita que a ideia de uma liderança com a impossibilidade de falhas e inseguranças está ultrapassada.

O que Carla Assumpção nos ensina é a possibilidade de exercer o papel de liderança, seja de um pequeno negócio ou de uma empresa centenária, com um olhar para as necessidades individuais. 

É preciso entender que líderes não perderão sua importância ao demonstrar fragilidade. Assim, manter uma boa relação com os colaboradores é mais importante do que ser obedecido pelo medo. 

Equidade entre gêneros

Carla também reconhece que existem diferenças entre as posturas de homens e mulheres nas empresas, principalmente devido a cobranças rígidas no mercado feminino. 

Por isso, ela busca ser exemplo para outras mulheres da organização, demonstrando que nem sempre é preciso ser forte e assertiva para fazer um bom trabalho.

Como diretora-geral da Swarovski, ela também está empenhada em construir uma rede de apoio interna para dar assistência a outras trabalhadoras. 

“O que estamos trazendo como contraponto sendo mulher é conseguir ser líder junto a aspectos humanos”, disse em uma entrevista concedida à Revista Forbes.

Diálogo e gentileza

Carla acredita que uma liderança gentil e humanizada é capaz de promover diálogo, feedbacks positivos, relações mais sólidas, além de uma equipe com maior diversidade e representatividade.

A relação de confiança e apoio entre líderes e funcionários faz toda diferença no dia a dia da empresa. Desse modo, os colaboradores entendem que o líder é um ser humano e que errar não deslegitima suas ações ou exemplos.

Similarmente, eles percebem que também poderão errar ou ter dificuldades, recebendo compreensão e apoio para continuarem se sentindo motivados e encorajados a prosseguir.

Como vimos, a liderança é fundamental para uma empresa. Mas ela não precisa ser rígida e restrita às ordens aos colaboradores. 

Como foi possível aprender com Carla Assumpção, a liderança humana considera as individualidades em uma empresa e pode representar melhores resultados. 

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Texto de Flávia Lemes, Mestre em Educação e Redatora. Revisado por Gabriele Lisboa, revisora textual freelancer. Revisado por Marcelo Madeira, tradutor, revisor e editor freelancer. 

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