4 estratégias da StartSe e Dock para o RH desenvolver uma cultura forte em times remotos
Para desenvolver uma cultura forte em times remotos é preciso identificar pontos fortes e fracos, criar planos de ação pragmáticos, integrar os times e apresentar os valores antes da entrada do funcionário na empresa. Entenda!
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O trabalho remoto não é exclusivo de adaptações forçadas pela pandemia. É um formato de trabalho abraçado por diversas empresas antes e durante o isolamento social. Atualmente, caminha para uma continuação forte após a imunização da população.
Portanto, é essencial desenvolver uma cultura forte em times remotos. Quando bem desenvolvida, a cultura se mostra grande aliada em incentivar membros da equipe a se destacar em suas tarefas e alcançar novas posições na empresa.
O que é cultura em times remotos?
De acordo com a Gallup, cultura é “como fazemos as coisas por aqui” e é o que torna sua organização diferente das outras.
A cultura de trabalho remoto é um sentimento de conexão que pessoas de uma mesma empresa experimentam. Essa ligação acontece por meio de prioridades, interesses e comportamentos semelhantes. Além disso, a força da cultura de uma empresa é o que define o quão engajados e por quanto tempo os funcionários vão permanecer em uma companhia.
Culturas de trabalho fortes proporcionam às pessoas um sentimento inabalável de pertencimento a um grupo. O mais importante é que é algo que permanece mesmo quando as pessoas não se veem regularmente.
Novos modelos de trabalho na prática
A StartSe é uma escola de negócios que ajuda profissionais e empresas a se manterem competitivos e relevantes nesta Nova Economia acelerada. A Dock oferece uma plataforma global de pagamentos e banking para empresas de todos os tamanhos e segmentos.
Ambas são startups que vivem o formato anywhere office, ou seja, permitem que seus colaboradores atuem em qualquer lugar do mundo.
Um exemplo prático desse modelo de trabalho é que essas empresas oferecem o benefício do OfficePass do Woba e permitem que os funcionários escolham espaços compartilhados perto de suas casas para trabalhar, ou possam trabalhar em coworkings enquanto viajam para outra cidade.
O Heryk Slawski, Product Design Lead da Dock, escreveu um depoimento sobre como ele vive essa nova forma de trabalho na sua rede social:
“Aqui na Dock podemos trabalhar de qualquer lugar do Brasil (e mundo). Chamamos isso de #AnywhereOffice. Na situação de pandemia, ainda é bem complicado viajar por aí, mas sob recomendação do meu terapeuta, tirar um tempinho durante a semana para trabalhar em outro espaço seria essencial para a saúde mental.
Sabe como é: você está com 54 abas abertas no Chrome sobre seu último trabalho e pronto – bateu às 18h, o notebook e aquele espaço arranjado como escritório dentro de casa não te dá vontade nenhuma de querer fazer um trabalho pessoal, estudar ou até assistir uma série.
E ainda mais: sou daqueles que quando sobra um tempinho entre uma reunião e outra, já estou estendendo roupa, trocando uma fralda da Nina ou até vendo coisas da casa com minha parceira. Mesmo relutante e com um certo medo, após tomar as duas doses da vacina, resolvi encarar o desafio.
Usei a última sexta à tarde para conhecer um dos vários escritórios que temos acesso pela Woba – um dos benefícios da Dock. É bem simples: acessei o app, reservei e pronto! Fui conhecer o Wework Rio Claro, bem no meio da Paulista. Lindo demais, café a vontade com direito a ceva (ou cerva, ou breja) no final do dia.
Durante esse tempinho fora, deu pra organizar nosso querido Design System, conversar com algumas lideranças, fazer entrevista e facilitar nosso Design Critique semanal. Foi bom demais ter um espaço por pelo menos um dia, fora de casa, para inspirar e focar um pouquinho. E para minha surpresa, só tinha eu e mais duas pessoas dentro do escritório inteiro! (Ouvi dizer que segundas e sextas são bem tranquilos).
Animado pra logo mais reencontrar os colegas que só conhecemos pela telinha!”
Como a StartSe e a Dock construíram culturas fortes em times remotos?
Com profissionais espalhados pelo país e com a possibilidade de trabalhar de onde quiser, como essas companhias constroem culturas fortes para seus times remotos?
A Juliana Alencar, Chief Culture Officer e sócia da StartSe, e a Camila Shimada, Head de People Experience da Dock, falaram sobre a importância da cultura nas empresas e compartilharam 4 estratégias para desenvolver uma cultura forte em times remotos.
Este conteúdo foi extraído do quinto encontro do BorC Academy, bate-papo mensal entre gestores das empresas parceiras do Woba. Confira o conteúdo em vídeo abaixo:
1. Identifique os pontos fortes e fracos da cultura
Se você já tem um time de pessoas atuando em prol de um objetivo, já existe uma cultura. Mesmo que ela não seja o que você acha ideal.
Para aplicar novas estratégias de construção de cultura, é preciso traduzir o que já existe. Por tanto, é recomendado que você realize pesquisas internas diretas. De preferência, anônimas para que não exista medo em expressar sentimentos negativos em relação a empresa.
O objetivo dessa pesquisa é identificar:
- Quais são os valores que os colaboradores realmente vivem dentro da companhia;
- Quais são os principais problemas de comunicação e relacionamento;
- Quais são os principais sucessos que conectam a cultura e a estratégia da empresa.
Nesse momento é essencial abrir mão do ego e da idealização que você tem da cultura do seu time. Aceite as perspectivas que vierem e observe, de forma racional, quais são os pontos fortes e fracos atualmente.
Tenha muita atenção ao feedback dos colaboradores, e, se possível, realize uma pesquisa também com funcionários que já saíram da empresa. Por que deixaram o cargo? O que a empresa poderia ter feito diferente?
Depois de uma coleta e análise profunda desses dados, é o momento de criar um “de/para”. Ou seja, colocar no papel onde você está, para onde deseja ir e como chegará lá:
- Qual é o momento atual da cultura?
- Quais são os principais pontos fracos para trabalhar?
- Qual é o plano de ação e o que se busca alcançar?
Após entender isso, é a hora de colocar as ideias em prática.
2. Crie um plano de ação de forma pragmática
Para criar um plano de ação, você deve cruzar a cultura com a estratégia da empresa.
Quando levantamos dados, o que mais observamos são problemas em uma quantidade quase impossível de resolver. Entenda o que é prioridade para a estratégia da empresa e foque nesses pontos principais.
Quando criar resoluções, faça isso de forma muito pragmática. Defina: o que fazer, com quem, como e onde. E novamente, tenha muito foco naquilo que é prioridade. Menos é mais.
3. Envolva o maior número de pessoas
Uma das coisas que mais cria problemas em uma empresa é a falta de integração das equipes.
É comum que alguém do departamento de Pessoas tenha uma visão completamente diferente de alguém da área de Produto, por exemplo. Afinal, esses colaboradores lidam com desafios diferentes todos os dias.
Buscar perspectivas diversas do negócio permite ter uma visão 360ª da empresa e prestar atenção em detalhes específicos.
Essa dica é essencial para os dois passos citados acima. Identifique pontos fortes e fracos e crie um plano de ação com a ajuda de colaboradores de diversas áreas. Tenha muita atenção para opiniões e problemáticas específicas.
Outro ponto é que essa estratégia traz o senso de responsabilidade para as equipes. Se a área de Pessoas criar regras para a cultura sozinha e apenas levar para o restante das equipes posteriormente, pode ser que isso não seja enxergado como a cultura da empresa, mas, sim, como a cultura da área de pessoas.
Envolver mais departamentos faz com que cada um assuma um papel dentro da demanda, além de se sentirem ouvidos e pertencentes ao processo.
4. Busque por talentos que se identifiquem com a sua cultura
É importante que a sua cultura seja tão forte que já comece a ser apresentada antes mesmo do colaborador entrar na equipe.
Por isso, invista em um time ou parceiro terceirizado de recrutamento que seja capaz de buscar pessoas que se identifiquem com os valores da empresa.
Deixe claro no anúncio da vaga e na entrevista, qual é o perfil de profissional que você precisa e quais são os objetivos do seu negócio. Converse sobre isso e procure saber a opinião do candidato.
Com o trabalho remoto, as opções para reter talentos aumentam para nível nacional, ou até mesmo, mundial. Porém, o profissional deve possuir características como proatividade, autogestão, responsabilidade e comprometimento. Busque identificar nos entrevistados se isso faz parte de suas habilidades.
Depois dessas dicas, já se sente preparado para desenvolver uma cultura forte em times remotos?
Se precisar de uma ajuda extra, criamos um checklist com tudo o que é necessário para sua empresa se preparar para novos formatos de trabalho. Confira!