O desafiador mercado de coworkings e as expectativas para 2021

O mercado brasileiro de coworkings foi muito afetado ao longo do primeiro semestre de 2020, especialmente pela queda do faturamento com o fechamento de alguns espaços, em razão da pandemia provocada pela Covid-19.

Em julho, contudo, após ajustes em relação aos protocolos de segurança, foi percebida uma recuperação de 70% em relação ao mês anterior e que vem crescendo de maneira gradual. 

Esse é um movimento que vem acontecendo no Brasil e no mundo, uma vez que empresas de diversos perfis e tamanhos buscam os espaços em virtude de um novo contexto que exige redução de custo, flexibilidade dos seus contratos e retenção dos colaboradores.

“A pandemia ainda não acabou. É preciso continuar se cuidando e respeitando as regras de isolamento social e desinfecção dos ambientes”, pondera Roberta, CEO do Woba. 

Apesar de muitos pontos negativos, a pandemia também trouxe impactos positivos, como a experiência do anywhere office, modelo de trabalho que permite que o trabalhador execute suas atividades de onde e como quiser. 

Neste texto, falamos sobre o desafiador mercado de coworkings e as expectativas para 2021. Acompanhe!

Mercado de coworkings e expectativas para 2021

“Como entusiasta do trabalho remoto, acredito que um dos pontos positivos da pandemia foi que muitas empresas que sequer pensavam em trabalho à distância viram que é possível ter produtividade e gerar resultados longe do escritório convencional“, disse Roberta Vassconcellos.

“Muitas empresas já anunciaram o trabalho remoto e o home office por períodos indeterminados, assim como o anywhere office, quando a pessoa pode escolher o melhor ambiente”, complementou a CEO do Woba.

De uma maneira geral, o mercado de coworkings, apesar da queda principalmente no primeiro semestre de 2020, já vinha demonstrando um efetivo crescimento. À medida que as coisas começam a voltar ao normal, a tendência é que esse universo de escritórios flexíveis aumente de maneira exponencial.

Portanto, em 2021, o mercado de espaços flexíveis tende a crescer (e os primeiros seis meses do ano demonstram isso), uma vez que mostra ser cada vez mais a solução mais acessível e de menor custo às empresas e profissionais em adaptação.

“O futuro virou o presente e foi adiantado em cerca de 10 anos”, disse Roberta. Para ela, mantido o ritmo atual, e em uma perspectiva moderada, o mercado pode registrar crescimento de cerca de 50% em 2021 ante 2020. E não ficaria assustada se a gente terminasse 2021 dobrando de tamanho”, apostou.

Estatísticas sobre trabalho remoto

No que diz respeito ao trabalho remoto (que ajuda no crescimento do mercado de coworkings), vale destacar algumas estatísticas que nos dão uma visão sobre o caminho do mercado e das empresas nos próximos anos:

  • Segundo a Flex Jobs, pelo menos 70% dos funcionários abandonariam seu cargo atual para modelos de trabalho mais flexíveis;
  • De acordo com a Deskmag, 90% das pessoas se sentem mais confiantes quando estão trabalhando em espaços de coworking;
  • Conforme a Global Workplace Analytics Costs & Benefits, dentro do modelo de trabalho remoto, a produtividade dos funcionários aumenta cerca de 40%;
  • Para a PGI, Fora do escritório tradicional, 82% dos funcionários relataram sentir menos estresse;
  • E, para a PayScale, em média, os trabalhadores remotos ganham 8,3% a mais em relação aos trabalhadores que não são remotos.

Com todos esses dados, não é de se espantar de que o mercado de coworkings crescerá não apenas em 2021, mas nos próximos anos. Se você gostou do texto e quer se aprofundar no assunto, aproveite para saber tudo sobre o funcionamento de um escritório compartilhado, baixando nosso e-book gratuitamente.

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Renato Ribeiro é Head de Marketing de Conteúdo no Woba

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