5 erros para evitar na gestão de equipes remotas
Ter a flexibilidade de trabalhar remotamente, seja de casa ou de algum coworking, tem sido visto como um grande benefício para muitas pessoas. Ainda assim, isto, por si só, não garante a felicidade e a produtividade do time. Para gerenciar uma equipe remota eficiente, é necessário gerenciá-las com sabedoria.
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Alguns dos benefícios do trabalho remoto, como engajamento do time, retenção de talentos e redução de custos, só são possíveis se você for capaz de gerenciar uma equipe remota. Para atingir esse objetivo, você deve evitar alguns erros comuns que podem afetar severamente o desempenho da sua equipe.
Não importa qual é o seu nível de entrosamento com esta modalidade: elencamos algumas armadilhas para você se atentar e não cometer alguns dos erros fatais para um líder de equipes remotas. Confira!
1. Não criar espaços para interações
Quando não se compartilha o espaço físico, algumas interações cotidianas ficam limitadas. Alguns bate-papos espontâneos sobre o final de semana ou até certos questionamentos pontuais sobre algo relacionado a um projeto que esteja sendo desenvolvido podem facilmente se perder e desaparecer.
Essas conversas podem parecer triviais, mas um gerente que estimula tais interações ganha no entrosamento e na colaboração da equipe. Assim, é papel do gestor criar espaços para que essas conversas aconteçam, seja com um assunto descontraído no início das reuniões, perguntando do final de semana de cada membro do time, ou até marcando “happy hours” virtuais para um papo que não envolva o trabalho.
2. Não estabelecer uma cultura baseada na confiança
A confiança é a base do trabalho remoto. Por muito tempo, o mercado de trabalho estabeleceu uma relação de controle entre o gestor e sua equipe.
Sinais de uma relação profissional de desconfiança e controle indicam uma maior dificuldade entre equipes de trabalhar juntas para desenvolver metas e identificar métricas de sucesso. Quando não se tem o termômetro visual da produtividade do seu time, melhor presumir que ele está trabalhando tão duro quanto você para atingir os objetivos da empresa e trazer os resultados esperados.
Todos nós temos diferentes momentos de produtividade e o que consideramos como o ápice do trabalho remoto, que é o equilíbrio da vida pessoal com a profissional, não pode ser tratado com desconfiança, o que vai enfraquecer a autonomia do seu time. É necessário focar especificamente nas métricas relacionadas à produção e não na presença física, necessariamente.
3. Deixar de dar instruções clara e não alinhar expectativas
A comunicação eficiente é o segredo para gerenciar uma equipe remota de forma eficiente. É necessário que você atribua tarefas à sua equipe de forma clara e bem alinhada para que eles saibam o que você espera quanto à determinada entrega.
A ineficiência da comunicação favorecem os mal entendidos. É importante dar instruções bem definidas e ricas em detalhes para que seja reduzido o risco da falha de comunicação e conflitos, deixando todos os envolvidos “na mesma página”.
4. Não dar feedbacks e oportunidades de crescimento
Vale mencionar um outro ponto importante: estimular feedbacks constantes e oportunidades de aprendizagem. É uma maneira de manter a retenção, o incentivo e o envolvimento do time.
Uma cultura de trabalho baseada em feedbacks constantes, consistentes e construtivos é o que vai aumentar o engajamento e o desenvolvimento dos funcionários, bem como a sua evolução como líder da equipe. Promova um ambiente no qual você dê e receba feedbacks de forma contínua.
Todos querem ser ouvidos. Certifique-se de que tem gerado oportunidades para seus liderados se comunicarem e apresentarem ideias, expectativas e necessidades. Assim, naturalmente, as oportunidades de crescimento e desenvolvimentos de habilidades.
5. Não ter empatia com as dificuldades da equipe
O trabalho remoto pode dificultar a percepção de vulnerabilidade e desafios individuais que cada um esteja vivendo, seja profissional ou pessoalmente. Pelas câmeras, muitas vezes, não sabemos se aquela pessoa está realmente bem ou se tem algo que possa estar atrapalhando seu rendimento naquele dia.
Cabe ao líder de equipes certa sensibilidade e empatia de perceber, no seu time, qualquer dificuldade que os membros venham a ter e que possam prejudicar seu desempenho. Aqui, deve-se equilibrar a paciência e a compreensão de que esses momentos vão existir naturalmente com o apoio e o discurso incentivador para que todos se sintam queridos e encorajados.
Envolva os funcionários e tenha um time feliz e produtivo
A CEO do Woba, Roberta Vasconcellos, por exemplo, falou sobre a sua percepção desse novo contexto: “Com a pandemia, muitas pessoas passaram a executar as atividades em um território desconhecido: o home office. Uma das grandes surpresas para muitas empresas é que elas viram que o modelo funciona, que traz mais qualidade de vida para os colaboradores e redução de custos para as organizações. Então, o que eu vejo é que o futuro do trabalho foi adiantado em cerca de 10 anos. Com isso, o trabalho remoto ganha mais vez e voz em um mercado que, mais do que nunca, flexibilidade, escolha e experiência se destacam”.
Para muitos, ainda se trata de uma realidade nova e desafiadora. A verdade é que a facilidade da contratação e incentivo por meio dos avanços tecnológicos — que possibilitam o entrosamento dos times mesmo a distância — têm permitido que algumas barreiras sejam vencidas e esta tendência venha ganhando o mercado.
Evite os erros e armadilhas comuns mencionados neste texto e construa uma equipe remota feliz e produtiva. Nós do Woba acreditamos que o futuro do trabalho é híbrido, remoto e flexível. Quanto mais, você, gestor, investir nesta liberdade, mais seu time estará ganhando.
Se você gostou das ideias desse texto, aproveite para conferir outro artigo em nosso blog sobre a cultura Anywhere Office, que ajudará seu time a ser cada vez mais alinhado com as expectativas dentro do desafio de gerenciar um time remoto.
Ana Luiza Rocha é analista de marketing e business development representative no Woba.